Sinta-se a vontade
Sinta-se a vontade no palco da vida,
Ele não é nada mais do que
Um concerto sem ensaios.
Hora da apresentação:
Improvise,
se necessário
Crie,
se possível
Imite,
provavelmente,
talvez o faça,
Mas não deixe que a platéia te empeça
De ser feliz.
Não as deixe dominar suas verdades,
Mas não ignore seus conselhos.
Se não puder convencê-los,
Confunda-os;
Você é inteiramente responsável por aquilo que cativa.
Lembre-se:
Não seja um palhaço;
Não confunda palco com palanque.
Conviva com os diferentes,
Quanto maior for a diferença entre mim e meu próximo
Mais coisas ele terá para me ensinar.
Não deixe que a gramática da vida lhe endureça o coração
Aprenda a questionar,
Saiba reivindicar
Os maiores reivindicadores que conheço morreram com um tiro no peito,
E os outros...
Ah... deixa pra lá vai...
A vida é um suspiro que nos permite criar,
E o meu tempo é agora.
Desejo a todos um ótimo concerto.
A Terra girava, mas o lugar onde o fio estava ancorado era o único ponto fixo do universo. Por isso não era propriamente à Terra que o meu olhar se dirigia, mas ao alto, lá onde se celebrava o mistério da imobilidade absoluta.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
"Tu te tornas eternamente responsavel por aquilo que cativas"
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou......Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo....
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
(trecho de o pequeno príncipe - antoine de saint-exupérry)
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
A vida é um risco que vale a pena correr.A amizade?.... Um "mal" necessario
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
De ter de perto de mim alguém
Quanto aos prantos me vejo sozinho
Que sei que aqui no mundo espero alguém
Alguém que...
Que me faça esperar pelo agora
Pássaro canta, a flor floresce ao dia
Bem ouvido para quem acorda o céu
Quantos rostos o acaso me traz
O momento relento da minha oração
Horas sãoHoras vão
Horas são
Poeta que brinca de pega-pega
Te busco em minha composição
Tua saudade
Que fosse metade minha
Que me encontrasse
Como as horas encontra o dia
Poeta que brinca com a dona esperança
Por que a vida é o coletivo das horas que são pro dia.
(Teatro magico - Oração pra vida)
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Tem certos dias /Em que eu penso em minha gente/E sinto assim/Todo o meu peito se apertar/Porque parece/Que acontece de repente/Feito um desejo de eu viver/Sem me notar/Igual a como/Quando eu passo no subúrbio/Eu muito bem/Vindo de trem de algum lugar/E aí me dá /Como uma inveja dessa gente/Que vai em frente/ Sem nem ter com quem contar/São casas simples/Com cadeiras na calçada/E na fachada/Escrito em cima que é um lar/Pela varanda/Flores tristes e baldias/Como a alegria/Que não tem onde encostar/E aí me dá uma tristeza/No meu peito/Feito um despeito/De eu não ter como lutar/E eu que não creio /Peço a Deus por minha gente/É gente humilde/Que vontade de chorar.