E se você dormisse? E se você sonhasse? E se, em seu sonho, você fosse ao Paraíso e lá colhesse uma flor bela e estranha? E se, ao despertar, vocêtivesse a flor entre as mãos? Ah, e então? (Coleridge)

domingo, 27 de janeiro de 2008



...Tanto faz não satisfaz o que preciso

Além do mais quem busca nunca é indeciso...


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Diferente,no entanto,igual...

São Paulo
"Mas o teatro encantava a todos.Nesse famoso teatro,orgulho do paullistano houve musica logo de inicio,e musica de Carlos Gomes e seu mano Juca.A vida na capital era muito acanhada,quase não existia divertimentos(...)No centro o maior movimento era feito pelos estudantes;os que vinham de fora viviam em "republicas".
(...)Os estudantes entretiam-se jogando,lendo,cantando e narrando suas aventuras galantes.O teatro veio ajudar a mudar a estrutura dos componentes da cidade provinciana.
A musica como arte que é,tem caracteristicas proprias,é determinada por um conjunto,que é o estado geral do espirito e dos costumes ambientes.Para a maioria dos nossos ainda era quase novidade.Não havia na época um organização determinada a preparar voluntarios para a batalha musical.Tudo era dificil.Devia-se começar por ir ao teatro e saber do que se tratava para ganhar-se vontade e iniciar o estudo de algum instrumento."
("Carlos Gomes-do sonho à conquista",de Juvenal Fernandes)

domingo, 13 de janeiro de 2008

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

A visita do anjo.

O homem estava pegando as chaves do carro (a mulher já tinha saído para levar as crianças à escola) quando tocaram a campainha.
Irritado, pois já se atrasara bastante, ele abre a porta:
-Sim
O ser andrógino, belo e feio, to e baixo, negro e louro, faz um sinalzinho dobrando o indicador:
- Vim buscar você.
Não era preciso explicar, o homem entendeu na hora: o Anjo da Morte estava ali, e não havia como escapar. Mas,acostumado a negociações,mesmo perturbado ele rapidamente pensou que era cedo,cedo demais,e tentou argumentar:
-Mas como, o que?Agora, assim, sem aviso sem nada?Nem um prazo decente?
O anjo sorri um sorriso bondoso e perverso, suspira e diz:
-Mas ninguém tem a originalidade de me receber com simpatia neste mundo, ninguém nunca esta preparado?Esta certo de que você só tem40 anos, mas mesmo os de 80... O homem agarrou mais firme a chave do carro que acabara encontrando no bolso do paletó e insistiu:
-Vem cá, me da uma chance.
O anjo teve pena, aquele grandalhão estava realmente apavorado. Ah,os humanos...Então teve um acesso de bondade e concedeu:
-Tudo bem... Eu te dou uma chance,se você me der três boas razões para não vir comigo desta vez.
(Passava um brilho malicioso nos olhos azuis e negros daquele anjo?).
O homem aprumou-se, claro, ele sabia que ia dar certo, sempre fora bom negociador. Ma,quando abria a boca para começar sua ladainha de razoes – muito mais que três,ah sim -,o anjo Ergue um dedo imperioso:
Espera ai. Três boas razões,mas...não vale dizer que seus negócios precisam ser organizados,sua mulher nem sabe assinar um cheque,seus filhos nada conhecem da realidade.O que interessa é você,você mesmo.Por que valeria a pena ainda te deixar aqui algum tempo?
(...) Muitas vezes contei essa historia e inevitavelmente homens e mulheres ficam surpreso e pensativo, sem resposta imediata ainda que de brincadeira.
E nos?Com que argumentos persuadiríamos o anjo visitante de ainda não nos levar?Eles seriam falsos, inventados na hora, ou brotariam da nossa eventual contemplação – a reavaliação – da vida, e do sentido de tudo, de nossos projetos e esperanças?
Isto é, se acaso alguma vez interrompemos nossa agitação para um questionamento desses. Pois em geral nos atordoamos na agitação da mídia,da moda,do consumo,da corria pelo melhor salário,melhor lugar,melhor mesa no restaurante,melhor modo de enganar o outro e subir.
Ainda que infimamente em nosso ínfimo posto.




(Texto extraido do livro "Pensa é trangredir" de Lya Luft)