A Terra girava, mas o lugar onde o fio estava ancorado era o único ponto fixo do universo. Por isso não era propriamente à Terra que o meu olhar se dirigia, mas ao alto, lá onde se celebrava o mistério da imobilidade absoluta.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Sapatos caramelo, um mesmo livro de cabeceira.
Afinidade acontece entre seres humanos. a mesma frase
Dita ao mesmo tempo, o diálogo mudo dos olhares e a
Certeza das semelhanças entre o que se canta e o que
Se escreve. afinação acontece. um mesmo acorde, um
Mesmo som, uma mesma harmonia. afinação acontece entre
Instrumentos musicais. a mesma nota repetidas vezes, a
Busca pela perfeição sonora e a certeza das
Similaridades entre um tom acima e um tom abaixo. a
Incrível mágica acontece quando os instrumentos
Musicais descobrem afinidades humanas entre si no
Mesmo instante em que os seres humanos descobrem
Afinações musicais dentro deles mesmos.
terça-feira, 24 de junho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....[...]
sábado, 7 de junho de 2008
uma boa reportagem...
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Por que os discursos de Lula causam polêmica (Revista Veja - 7/7/2003)
obs:Antes não tivesse falado,e não lhe seria cobrado...
Desde que assumiu o Palácio do Planalto, Lula fez mais de 100 discursos. Ele aproveita qualquer solenidade para mandar seu recado e, com irrefreável pendor para o improviso, não raro seus discursos extrapolam o tema do momento e acabam por contemplar assuntos de interesse mais amplo, ganhando as manchetes do dia seguinte. Nos últimos tempos, Lula falou a negros, empresários, sem-terra, deficientes mentais, sindicalistas, doceiras, vereadores, juristas. Lula fala tanto, o tempo todo, que até dispensa cadeias nacionais de rádio e televisão. Até agora, convocou apenas uma. Em contraste, em seus primeiros seis meses de governo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que não era de falar pouco, convocou cinco cadeias nacionais. Lula fala tanto porque, em política, a palavra é poder.
Encarregado de escrever os discursos oficiais do presidente, Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência da República, ex-professor de português com conhecimentos de grego e latim, só está por trás de uma parte daquilo que aparece nas declarações de Lula. A parte mais polêmica geralmente não sai da tela de seu computador. É criação pessoal de Lula, no improviso. Político carismático, Lula envolve emocionalmente os ouvintes com sua espontaneidade e é convincente em mensagens de otimismo porque ele mesmo é um produto da auto-estima e da vontade de vencer. Isso tudo é muito positivo para o exercício da Presidência, mas há um risco que já começa a ser notado no desempenho verbal de Luiz Inácio. Numa solenidade à beira do túmulo do sindicalista Chico Mendes e, depois, numa videoconferência no Banco Mundial, Lula deixou de falar sobre o papel dos brasileiros na construção do Brasil e aventurou-se a discorrer sobre a missão do homem na Terra. Numa cerimônia na Confederação Nacional da Indústria, Lula desprezou o Congresso e o Judiciário e disse que só Deus será capaz de impedir que o Brasil ocupe seu lugar de destaque no mundo. Na abertura de uma feira gaúcha, afirmou que assumiu um país quebrado e se proclamou o salvador nacional. "Quando fala, Lula se coloca entre a vontade divina e a vontade popular", diz Roberto Romano, professor de ética e filosofia política da Universidade Estadual de Campinas. "Ao dizer que alguém terá de salvar o país e esse alguém é ele, Lula se apresenta como Moisés. É um discurso antigo, sem lugar no Estado moderno e democrático."
Em diversas ocasiões, Lula tem dito que seu governo, ao contrário dos anteriores, não tem o direito de errar, sob pena de desmoralizar a competência política das camadas populares, estrato social de onde provém. Com isso, o presidente tangencia o mito da infalibilidade, outra nódoa messiânica que mancha seus discursos. Na Roma antiga, para combater essa ilusão onipotente, diz a história que os guerreiros, quando voltavam de uma batalha vitoriosa, eram saudados com tal entusiasmo popular que um sacerdote era escalado para acompanhá-los nas bigas e ficar repetindo: "Lembra-te de que és mortal! Lembra-te de que és mortal!". Ao recordar esse ritual quando se referiu aos arroubos retóricos de Lula, o articulista João Mellão Neto escreveu o seguinte no jornal O Estado de S.Paulo: "Tratava-se de uma advertência prudente: o poder e o sucesso inebriam de tal forma que não raro levam os homens a perder o senso, se julgar infalíveis, desafiar os deuses e o destino".
Com certeza, Lula não chegou a tanto, mas seus improvisos começam a causar incômodo em função do descompasso entre o que o presidente diz e o que seu governo faz. Neste aspecto, Lula mantém um cacoete dos tempos de militância sindical. No universo das assembléias de trabalhadores, a palavra tem um valor tremendo, quase equivalente à ação. Quem fala melhor, quem arrebata a platéia, é aplaudido e tem sua proposta aprovada – e, na disputa pelo comando da massa, é isso que conta. No governo, porém, falar não é sinônimo de realizar. Falar, conquistar a platéia, é só o início. "O presidente fala demais porque governa pouco", diz o cientista político Otaciano Nogueira, ex-professor da Universidade de Brasília. "O discurso de Lula, com sua linguagem peregrina, é vago. Hegel, o filósofo, dizia que o discurso é um ato eficaz na medida em que precede a ação", completa. O descompasso entre a palavra do presidente e a ação do governo é particularmente acentuado num dos campos mais caros aos petistas – a área social.
fonte:http://www.unicamp.br/unicamp/canal_aberto/clipping/julho2003/clipping030707_veja.htmlPorta
Sorrateiramente ela fecha a porta.Sem olhar para trás,sem pensar em nada.O mundo que via assustava,confundi lhe os pensamentos,ele ainda não lhe fora apresentado.
Seus passos,não são largos,tão pouco decididos,ela não tem pressa de chegar.
Depara-se com a viela,mas não pára.Lembra-se dos tempos de infância em que brincava de pique esconde,não era menos feliz.”Quando se é criança,não se nota a diferença entre um camelo e um dromedário”-pensou.
Ultrapassa a viela.A laranjeira!Ela sorri,mas chora por dentro.Lembra-se das vezes em que atrasada,apanhava uma laranja como café da manhã,para não se atrasar na escola.
Escola...Ai lembrava -se bem,das amigas,dos amigos,da matéria,dos garotos,talvez um em especial “não mais que isso”,lembra a si mesma.
Como sonhava...Bons planos lhe viam a mente naquela época.Ultimamente,Não tem sonhado muito.”Depois de um tempo a gente passa aceitar o acaso”.-pensa
E sorri.Desta vez,passa por um conhecido que lhe devolve o sorriso.
Na outra rua ela vê um garoto vendendo balas no farol.”Talvez tenha gente que acredita no acao a vida toda,nem na infância lhe dão trégua”,não teve tempo de ficar feliz com esse pensamento.Aquela criança lhe impediu o conforto.
Desta vez ela se lembra de algo muito importante “Só Deus pode mudar essa situação.”
Então se lembra de que há alguém que olha por ela,e a conforta.Alguém que ela não vê,porem sente sua presença,e ouvi suas palavras.
Ele lhe pede para confia Nele.Diz que o “coração do homem faz planos ,mas a resposta certa vem dos lábios do Senhor”, aqueles curtos e excitantes dão lugar a passos largos e decididos,de gente que sabe o que quer,ou pelo menos sabe o que não quer.Ela sabe o que não quer,e sabe que Deus esta com ela.
Uma grande porta se abre a sua frente,se ela tornara a abri-la,só Deus sabe.Só ele sabe de todas as coisas,e coopera para o bem dela.